A Polícia Civil cumpriu nesta quarta-feira (7) mandados de busca e apreensão contra o vereador de Capão do Leão Jhulian Ferreira (PSB), acusado de extorquir um ex-assessor de seu gabinete. As buscas foram feitas na casa do parlamentar, na Câmara de Vereadores e na casa do ex-assessor. O inquérito, que está sendo conduzido pelo delegado Sandro Bandeira em segredo de justiça, está em fase final, conforme apurou a reportagem.

Nas buscas, foram apreendidos documentos, celulares e computadores. O trabalho foi feito com ajuda de peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) especializados em mídias digitais, que irão averiguar o material coletado. Ao contrário de informações falsas que circularam pelas redes sociais, não havia mandado de prisão e Jhulian não estava foragido.

Nas redes sociais, o vereador comentou as informações falsas que estavam sendo compartilhadas, que diziam que o vereador estava morto ou havia saído algemado de casa. "É fácil esquecerem que por trás de qualquer figura pública, existe um ser humano com uma família. Minha mãe, uma senhora de quase 70 anos, poderia ter reagido muito mal a essas notícias", escreveu. "A verdade é que a polícia estava lá para lidar com denúncias que surgiram nos últimos meses, denúncias nas quais estou cooperando integralmente para sua apuração".

O presidente da Câmara de Capão do Leão, Rafael Peres (PSD), disse que a Casa está à disposição das forças policiais para ajudar nas investigações. "Acreditamos no direito da ampla defesa para esclarecer sem restar dúvidas sobre os fatos a nossa comunidade", diz Peres.

Relembre o caso
Em dezembro do ano passado, o ex-assessor de Jhulian, Renan Siqueira, denunciou o vereador por extorsão. Segundo o boletim de ocorrência, o vereador estava com o cartão de vale-alimentação de Renan e o pressionava para que repassasse parte de seu salário. Siqueira assumiu o cargo em outubro.

O vereador nega ter retido o cartão do funcionário e diz que o cobrava de uma dívida. Renan diz que não possuía nenhuma forma de dívida com o vereador. Ainda em dezembro, a Câmara de Capão do Leão instaurou uma comissão de ética para avaliar as denúncias. Jhulian diz estar colaborando com as investigações e classifica a acusação como boato e perseguição.​